Por que o homo sapiens se tornou a espécie dominante de todas as que coexistiram no planeta Terra?
Esta pergunta e uma das respostas apontadas pelo autor de Sapiens - Uma breve história da humanidade (Yuval Noah Harari), é porque conseguimos nos unir em um número ilimitado de pessoas. Isto possibilitou abrir cada vez mais fronteiras, conquistando a supremacia.
Não é novidade que, para conquistar força, poder e aumentar as chances de sobreviver, as espécies animais se agrupam na natureza. Então qual foi o nosso grande feito? Manter a coesão a despeito do aumento do número de indivÃduos. E, em sendo tão diferentes, como conseguir a estabilidade do grupo? União em torno de ideias (crenças, religião, polÃtica, dinheiro, economia, códigos sociais) que formaram a rede que hoje nos conecta globalmente. Somos a humanidade. Essas são algumas das ideias sobre as quais versa este interessante livro que é ao mesmo tempo histórico, filosófico e divertido.
Compartilhamos o mesmo sistema social e dependemos intrinsicamente um dos outros. Hoje, mais do que nunca. O mundo é uma teia de homo sapiens. Entretanto, não há como um ser humano inteiro cortar-se para caber ali, naquele espaço pré-estabelecido pela sociedade e seus códigos. Então criou-se o público e o privado. Alguns vivem só no público, outros só no privado. Muitos, inclusive eu e você, vivemos no público e no privado (o que parece ser o mais saudável e sensato). Alguns confundem um pouco entre o que é público e privado (a depender do ponto de vista), e criam muita polêmica, nutrindo os milhares que anseiam por dar sua opinião (terreno fértil mesmo em desertos onde há internet).
Mas o que é público mesmo? O público é a vitrine. Alguns são fanáticos, adoram. E o privado não pode ser vitrine também? Que o digam as redes sociais.
O fato é que uma hora a solidão bate. Não somos o que está na vitrine. Lá estamos para sermos vistos, reconhecidos, aceitos, e até amados. Por dentro choramos, brigamos, e engolimos toda dor e frustração, inerentes ao viver, que não podemos mostrar. À sós é que morremos e renascemos.
Ah! Mas alguns não renascem nunca. Os que já estão mortos.
São os que vivem só de público e sorriem.