Na linguagem falada, é muito frequente a omissão da preposição (quando necessária) que deveria preceder o pronome relativo, como nos seguintes exemplos:
A fruta
que mais
gosto é a maçã.
A única coisa
que necessito é tempo.
São promessas
que podemos
duvidar.
“Oferecemos um conteúdo
que você pode
confiar.”
Trata-se de um uso aceitável na fala. Mas na escrita, que normalmente exige um padrão mais formal, o “que” dessas frases deve vir precedido pela preposição exigida pelo verbo: gostar
de, necessitar
de, duvidar
de, confiar
em.
A fruta
de que mais
gosto é a maçã.
A única coisa
de que necessito é tempo.
São promessas
de que podemos
duvidar.
Oferecemos um conteúdo
em que você pode
confiar.
Observação: Como entrou a preposição, o pronome
que pode ser substituído por
o qual, que flexiona para concordar com seu antecedente:
São promessas
das quais temos que
desconfiar.
Oferecemos um conteúdo
no qual você pode
confiar.
Lembrete: Sempre que tivermos orações construídas com
pronomes relativos (que, quem, o qual
), é preciso verificar a regência do verbo. Se o verbo exigir um complemento preposicionado, a preposição “volta atrás” e se aloja
antes do pronome relativo.
Texto originalmente publicado no blog Scriptura e getilmente cedido pela autora