O falatório
 



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O falatório

Juliana Oliveira


Na nossa cidadezinha não se entrava ninguém estranho, mas mesmo um nativo não deveria andar calado e sozinho, porque se havia crime maior que a estranheza era a solidão intencionada. Mas só era crime se ocorresse na rua, que, do lado de dentro das casas, solidão era protagonista, e os vizinhos tinham passe livre para ser visita e para ser juiz.

 

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