A escrita surgiu há milhares de anos, mas vem sendo lapidada com o passar do tempo. Com o avanço da tecnologia e as novas gerações nascendo já inseridas no mundo digital, uma pergunta que começou a ser feita recentemente é se ainda existe a necessidade de a caligrafia cursiva ser ensinada nas escolas.
Até a virada do século 20, a caligrafia dominante nas escolas brasileiras era a inglesa, com suas letras inclinadas para a direita e rebuscadas. A partir daí, ocorre um higienismo na escrita. Trazido da Alemanha, esse movimento alertava para supostos riscos à saúde das crianças com aquele tipo de escrita e recomendava um formato verticalizado. Isso também facilitou para os canhotos, que, até então, frequentemente eram forçados a escrever com a mão oposta. Nessa época o designer gráfico britânico Edward Johnston, considerado um dos pais da caligrafia moderna, inaugurou um tipo de fonte bastão sem serifa, famoso pelos letreiros do metrô de Londres até a década de 1980.
A maneira como uma criança é ensinada a escrever varia para cada país. Por exemplo, na Holanda há cerca de 15 modelos. Já na Finlândia, só é ensinada a letra de imprensa. Em 2011, nos Estados Unidos, o movimento chamado "cursive first", ou seja, "primeiro a letra cursiva", surgiu após o ensino da caligrafia cursiva se tornar opcional no currículo escolar. Devido ao movimento, que exaltava a importância de ensinar o estilo para, por exemplo, desenvolver a chamada motricidade fina, essa tendência foi revertida.
No Brasil, vem havendo a discussão sobre a importância do ensino da letra cursiva para as crianças em processo de alfabetização, principalmente por não ser o tipo de caligrafia utilizada nos meios tecnológicos. Os defensores do aprendizado contestam que ainda existe o interesse em aprender esse tipo de caligrafia por parte das crianças por verem que os mais velhos possuem esse tipo de escrita.
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