Durante a segunda mesa do Encontro Democracia e Consciência Antirracista na Justiça Eleitoral foi lançada a cartilha Expressões racistas: por que evitá-las. A cartilha traz termos considerados ofensivos às pessoas negras e explica, de modo didático, o motivo para serem banidos do vocabulário das brasileiras e brasileiros.
O lançamento da publicação, que já está disponível na biblioteca digital do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), contou com a presença do ministro Benedito Gonçalves, corregedor-geral eleitoral e coordenador da Comissão de Promoção de Igualdade Racial da Corte, e da mestra em direito político, Sabrina de Paula Braga, que integra a comissão. Foram distribuídas cartilhas aos presentes no evento.
Na oportunidade, Sabrina fez uma reflexão sobre o Dia da Consciência Negra, que foi comemorado em 20 de novembro, e os deveres do Estado em lutar pela igualdade racial no Brasil. Ela falou sobre meritocracia e destacou a importância da perseverança das pessoas pretas na tentativa de alcançar lugares majoritariamente ocupados por indivíduos brancos.
Sabrina relembrou o trabalho da Justiça Eleitoral nas Eleições Gerais de 2022 com a Resolução 23659/2021, que combate a violência política contra pessoas pretas e garante a dignidade e cidadania a candidatas e candidatos negros.
Em seguida, Sabrina ressaltou o dever da Justiça Eleitoral de capacitar magistrados, servidores e colaboradores, propiciando ferramentas de adequação da linguagem para que não haja a ofensa a nenhum grupo de pessoas e se amplie a inclusão. Por conta do racismo estrutural, segundo ela, expressões racistas foram normalizadas pela sociedade, o que é muito ruim.
Baixe aqui a cartilha