Dicas
Por que escrevemos?
Nunes de Oliveira
Não importa se são pinturas em paredes, arquiteturas citadinas ou páginas grafadas, a escrita tornou-se parte de nossa própria essência. Escrevemos para nos conectar, consigo e com o outro, para dar forma às ideias e vida à imaginação. Uma partilha de sentimentos e pensamentos condensados em experiências. A escrita é sangue jorrando emoções, é coração pulsante sobre o papel, é mente que se projeta no mundo. O corpo é matéria, mas o espírito dinâmico é escrita.
Escrevemos porque o mundo nos afeta e a realidade muitas vezes incomoda. No curso da história, a escrita reverenciou deuses, criou pensamentos e produziu arte para além do tempo e do espaço. Por isso, escrevemos também para nos imortalizarmos.
Escrevemos para informar, mas sobretudo para produzir conhecimento e fazer o mundo girar; somos cidadãos da palavra. Pela escrita, nos tornamos co-criadores da realidade, dando-lhe significados.
Escrevemos para rir, chorar, declamar, morrer, viver. No papel, damos novos nomes a sentimentos e emoções, sangramos com eles, tiramos ou descobrimos valores que não sabíamos existirem em nós.
Se nos humanizamos ou pioramos; se cremos ou somos céticos, é porque páginas foram escritas. E mesmo quando a escuridão ocultou saberes, depois das luzes acesas, eles iluminaram caminhos ou fomentaram dúvidas.
Escrevemos porque existimos.
Nunes de Oliveira nasceu e mora em Teresina Piauí. É bacharel em Biblioteconomia pela Universidade Estadual do Piauí. Suas primeiras produções são de 2001, quando começou a escrever poemas, alguns deles fazem parte de uma obra autopublicada em 2017 em parceria com outros dois autores. Em 2011 produz seus primeiros contos, dedicando-se a este gênero nos anos seguintes com maior exclusividade. Embora escreva algumas poucas crônicas, dedica-se menos a este gênero.
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