Poesias
O Velho Junco
Luiz Eudes
O Velho Junco
não cabe no corpo da terra.
Não cabe
no corpo da Bahia.
Não cabe
no corpo do homem.
Medidas amorfas
que só cabem no coração.
O Junco somos nós,
o sangue que escorre
o verso que vai nascer.
A paisagem sertaneja,
Água e mato,
Caminho e silêncio,
Tempos idos nas povoações.
A alma lavada,
O cheiro do alecrim,
As estrelas,
Um céu límpido azulado.
É caminho de ida,
Sem obstáculos para o retorno
Vivência indescritível,
Liberdade bendita,
História de amor e dor.
Cantada em prosa
Vivida em verso.
Luiz Eudes é de Sátiro Dias, Bahia. Idealizador do Coletivo Literatura com Cachaça, apresenta o programa Café com Prosa, organizou várias coletâneas e participa de diversas antologias no Brasil e em Portugal. É autor dos livros de contos Noite de Festa, Tempo de Sonhos, Cangalha do Vento (publicado também em Portugal e em Angola) e Tarde de Chuva e do infantil Baleia e a família perdida, publicado na séria Bichinhos Literários.
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