A literatura costuma reverenciar as obras e o autores clássicos e já renomados, mas nunca fecha os olhos e as portas para as novidades que surgem com as transformações sociais ocorridas ao longo do tempo.
Não há mais espaço para preconceitos quanto aos gêneros literários e nem para discussões infindáveis sobre o que é e o que não é Literatura. Afinal, os leitores não estão preocupados com as categorias dos livros que amam, eles só querem lê-los e desfrutá-los, no seu tempo e do seu jeito. Quem lê uma obra busca efeitos, sensações, descobertas e transformações, independentemente se é um conto, uma crônica ou um chick-lit. É claro que é importante conhecer os gêneros literários, mas sem limites ou preconceitos.
O chick-lit é um exemplo disso. Mesmo com todos os preconceitos que o termo carrega, as leitoras deste gênero gostam e se identificam com ele e, frequentemente, precisam se defender dizendo que não leem só chick-lit. E se lessem, teria algum problema?
Mas vamos falar um pouco sobre o que é chick-lit na prática. O termo surgiu na década de oitenta, nos Estados Unidos, como nome de uma disciplina sobre literatura feminina da Universidade de Princeton.
É um gênero de ficção dentro da ficção feminina que trata de questões vividas pelas mulheres modernas. Geralmente, são romances que usam da leveza e do humor para falar sobre o cotidiano feminino. É um gênero famoso e rentável nos Estados Unidos, mas, no Brasil, ainda é pouco conhecido, apesar de já haver obras e escritoras avançando no gênero.
Obras chick-lits são, na sua maioria, livros escritos por mulheres, sobre mulheres e para mulheres. Embora as obras juvenis estejam conquistando mais leitoras, a idade não tem relevância, o que importa são as experiências retratadas. Os temas variam entre problemas amorosos (namoro, casamento e divórcio), conflitos com o peso e com o corpo e desafios no trabalho. Tudo sempre tratado com um toque de humor.
O chick-lit não é considerado propriamente um romance porque as histórias vividas pela protagonista não focam nos seus relacionamentos amorosos, mas abordam também as suas relações com a família e os amigos.
É provável que você já tenha lido uma das obras dessas autoras, mas não sabia que pertenciam ao gênero Chick-lit. Confira algumas das principais autoras deste gênero:
> Candace Bushnell - Sex and The City
> Lauren Weisberger - O Diabo Veste Prada
> Marian Keyes Melancia e Sushi
> Meg Cabot - O Diário da Princesa
> Sophie Kinsella - Os Delírios de Consumo de Becky Bloom
> Helen Fielding - O Diário de Bridget Jones
> Lauren Conrad - trilogia L.A. Candy
> Emily Giffin - Ame O Que É Seu
> Cecily Von Ziegesar - série Gossip Girl
> Jean Webster - Papá das pernas altas
> Margarida Rebelo Pinto, escritora portuguesa Jennifer Weiner
> Jojo Moyes - Como eu era antes de você
No Brasil, algumas autoras que se destacam são:
> Thalita Rebouças - Por que só as princesas se dão bem?
> Carina Rissi - Perdida: um amor que ultrapassa as barreiras do tempo e Procura-se um Marido e Encontrada
> Bruna Vieira - Depois dos Quinze e De Volta aos Quinze
> Patricia Barboza - Os Quinze Anos de Carol e As MAIS
> Fernanda França - Nove Minutos com Blanda, Malas, memórias e marshmallows e Bolsas, Beijos e Brigadeiros
> Iris Figueiredo - Meu amor é um Anjo, Dividindo Mel e Confissões On-line
> Tammy Luciano - Sou Toda Errada, Novela de Poemas, Garota Replay e Claro que te amo!
> Babi Dewet - Sábado à Noite
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