A Covid-19 atinge em cheio essa vigorosa vida literária. O ponto de interrogação é o poder público: terão a prefeitura e o governo do estado a visão de que é preciso proteger este ecossistema editorial, que além da relevância cultural tem peso econômico? Essa cena, que custou anos, esforços pessoais e recursos volumosos para se consolidar, é muito frágil e pode desmoronar com a quebra de um elo.
Sugestões não faltam, a um custo muito baixo e com alta eficácia: boas condições de crédito para editoras e livrarias, subvenções a livrarias de rua, subsídios ou alternativas mais baratas para o frete de livros, facilitando a chegada da produção mineira a Rio e São Paulo, estímulo à abertura de livrarias de rua no interior do estado, compras de livros para escolas e bibliotecas públicas que passem por livrarias, inclusão do livro nos programas sociais básicos, desde o nascimento do cidadão, como nos países desenvolvidos.
Enquanto nada disso acontece, resta a nós, leitores, não esquecer a nossa livraria preferida, ligar para dar um alô para o Alencar e comprar duas ou três novidades. Deixo aqui uma sugestão: Patriotismo, do japonês Yukio Mishima, que a Autêntica acaba de lançar.
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