DIVAGAÇÕES
 



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DIVAGAÇÕES

Caio Spessatto


Divagava coisas soltas no corredor das horas sem saber como parar. Ruminava ideias... lembrava emoções... planejava festas... abstendo-se da razão. Ficou um fantasma a ponto de se materializar.
Buscando explicações, encontrava conversas, risadas, olhares, poemas anônimos, restaurantes naturais, sorvete de creme de leite e copos de vinho branco. Todos rondando em sua frente como se numa fração de segundos tomassem vida e decorassem toda a sua ilusão, sua subjetividade emotiva e sentimental. Toda sua platônica amostra de objetividade.
Então se deformou ao deixar ser discriminado por todos os olhares que pediam para arrastar as correntes da solidão nos castelos escuros do medo, só para satisfazerem seus imundos egos.
... e se materializou.

 

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